sábado, 25 de setembro de 2010

Sem políticas públicas de irrigação, região de Anagé já sofre com a seca

CONTAS PÚBLICAS




Um dos postulados da Nova Gestão Pública na seara dos municípios, assenta-se na premissa de publicizar as finanças da cidade. Esse, sendo meio de salutar relevância para legitimar a Gestão e, propiciar aos administrados a possibilidade de interfencia nos caminhos percorridos.
Em clara afronta a publicidade que deve reger as relações, os dados referentes as contas de Anagé não são de fácil acesso, logo, ceifando o direito de seus cidadãos a uma efetiva participação popular.
Ao pormenorizar as linhas estatisticas deste gráfico pode extrair-se as seguintes conclusões:

a) A receita está totalmente comprometida, dada a despesa comprometer o orçamento;
b) O peso maior nas despesas não é referente aos gastos sociais;
c) A arrecadação tributária é muito limitada e precária, assim, ocasionando a dependência econômica municipal das esferas de governo Estadual e Federal. Ou seja, Anagé é o típico município que fundamenta a crítica de José Antônio Gomes de Pinho e Mercejane Wanderley Santana, onde de forma pejorativa é visto como o indigene que vive de chapéu na mão com relação ao governo do Estado e a Brasília.


Mais disparidades



Os presentes gráficos corroboram o aumento gradual da desigualdade econômica na cidade. O acúmulo patrimonial dos segmentos mais abastados da população supera, até mesmo em uma visão que respeite a proporção de renda os ganhos aferidos pela parcela mais pobre. Desta forma, é cristalino que a Administração Municipal não tem atuado na diminuição da pobreza, antes, de modo tradicionalista, tem permetido que o capital atraía mais patrimônio e a pobreza tenha por frutos mais desigualdade.